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Custos energéticos, eficiência e peso são temas em destaque no Salão Automóvel de Frankfurt. A pensar neste desafio, a Opel apresentou o radical RAK, protótipo de um veículo de dois lugares com custos mínimos de energia (um euro para 100 km). Este projecto, feito a pensar na produção, ainda não confirmada, caracteriza-se por ter um terço do peso de um automóvel utilitário moderno e uma velocidade máxima de 120 km/h.
«Queremos criar automóveis eléctricos acessíveis a todos. O princípio de extensão de autonomia do Ampera demonstra a nossa liderança em mobilidade eléctrica. Por seu turno, o RAK e pretende ser tão acessível que até os muito jovens o poderão comprar e utilizar. Este veículo experimental tem potencial de produção. No futuro, a eficiência vai ser medida em euros e não em litros aos cem. Hoje, é com orgulho que apresentamos o nosso ‘Carro Um Euro’», disse Karl-Friedrich Stracke, CEO da Opel, na estreia do RAK e em Frankfurt.
O conceito de construção de baixo peso do RAK e baseia-se numa estrutura de aço sob painéis de materiais sintéticos convencionais, permitindo assim alcançar níveis elevados de segurança e custos de produção controlados. Na sua filosofia de design de baixo peso, a Opel evita a utilização de materiais compósitos dispendiosos, conseguindo tornar a mobilidade eléctrica acessível ao maior número de pessoas possível.
O nome RAK e evoca o espírito pioneiro de Fritz von Opel e o seu revolucionário automóvel propulsionado com foguetes. Em 1928, com o neto do fundador da empresa, Adam Opel, ao volante, o RAK 2 alcançou a velocidade máxima de 228 km/h. O ‘e’ assinala o facto de se tratar de um veículo eléctrico e regista simultaneamente o seu cariz experimental.
«O RAK e incorpora muita da nossa experiência na área da mobilidade eléctrica, nomeadamente aquela que acumulámos durante o desenvolvimento do Ampera», explica Mark Adams, Vice-Presidente da Opel para o Design. «Este conceito futurista pretende criar um novo tipo de automóvel eléctrico. Trata-se da nossa perspectiva sobre o que poderá ser ‘O meu primeiro Opel eléctrico’ num cenário futuro de mobilidade eléctrica.»
Com cerca de três metros de comprimento e 120 mm de altura, o RAK conta com um habitáculo para dois lugares dispostos em fila tandem. O banco dianteiro e os apoios de braços, bem como a coluna de direcção, deslocam-se para a frente para facilitar o acesso ao habitáculo, numa acção que pode ser comandada através de um ‘smart phone’. Os pedais e a coluna de direcção ajustam-se à estatura do condutor.
O visual original deste veículo experimental sobressai com componentes do chassis à vista, tais como os discos de travão integrados nas rodas e o braço de suspensão traseiro, cujo conceito deriva de uma moto.
O RAK está equipado com um motor eléctrico de 49 cv, estando 10,5 kW (14 cv) disponíveis em permanência. Os 5 kWh de capacidade da bateria permitem obter uma autonomia de 100 km/h. Na correspondência com consumo de gasolina, isso representaria apenas 0,6 l/100 km. Num ano, percorrida uma distância total de 10.000 km, o consumo de energia seria de uns modestos 525 kWh. E para fornecer esta quantidade de energia, bastaria um painel solar de cinco metros quadrados com a potência de 100 W
A bateria recebe uma recarga completa em três horas, por um custo de cerca de um euro, oferecendo uma autonomia de cerca de 100 quilómetros. Este desempenho eficiente resulta de uma combinação de peso reduzido do conjunto, área frontal mínima, baixa resistência ao rolamento e um sistema de motorização eléctrica extremamente eficiente.
Com apenas 380 kg, o RAK anuncia uma velocidade máxima de 120 km/h, cumprindo a aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 13 segundos.
Tal como o Renault Twizy, este dois lugares poderá ser conduzido, dependendo da legislação dos países onde será comercializado, a partir dos 16 anos.
fonte:http://www.autoportal.iol.pt/